Analisando o relatório Luz da Agenda 2030, entregue à reunião do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas que aconteceu em Nova York, chegamos a vergonhosa conclusão de que o Brasil está inserido, novamente, no Mapa Mundial da Fome.
Em 2014, após a implantação de diversos programas sociais, o país tinha conseguido manter menos de 5% de sua população em insegurança alimentar, que é pré-requisito exigido pela ONU, para não fazer parte desta lista.
O simples fato de retornar como membro da lista, já seria relativamente sério e vergonhoso à Nação, porém ao aprofundar a leitura do relatório, tomamos ciência da real gravidade que estamos expostos. Com o retrocesso que enfrentamos nos últimos dois anos de governo, observamos o esvaziamento do SUS, por pura incompetência administrativa e ineficiência política, o que vem beneficiando as empresas privadas do setor, leia-se Planos de Saúde.
Com as restrições orçamentárias do Governo para a saúde é certo que enfrentaremos problemas para atingir tais metas. Soma-se a este quadro os crescentes casos de zika, chinkungunya, dengue, o ressurgimento da tuberculose, o surgimento de infecções hospitalares por superbactérias e a impotência dos medicamentos em combate-las.
Outro ponto que expõe nossas dificuldades neste relatório é o combate as diferenças na igualdade de gêneros. Os casos de violência contra a mulher são assustadores, o País ocupa a quinta colocação mundial em número de homicídios contra mulheres e é líder absoluto em crimes de morte por homofobia.
Os números não favorecem o cumprimento deste relatório, houve um crescimento em relação as desigualdades sociais, mas a atual crise põe em risco estes ganhos. Temos muito a fazer e será necessário mútua colaboração dos países membros. Avanços e retrocessos são fatos rotineiros na história, mas precisamos seguir em luta para preservar os direitos conquistados e galgar os desafios impostos para atingirmos as metas.
Marcelo Gonçalves
Bancário
fontes: G1; igarape.org.br
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